Por que as prefeituras da região não compram exames do coronavírus de laboratórios particulares



Praticamente todas as cidades da região estão sofrendo de um mesmo problema: a demora que o SUS (Sistema Único de Saúde) está sofrendo para entregar os resultados de exames do novo coronavírus. Diante da demanda, o Instituto Adolfo Lutz autorizou diversos laboratórios pelo país a promover as análises, mas por que as prefeituras da região não compram destes laboratórios?

Segundo apurou o Fatos Regionais, as três principais cidades da região, Ilha Solteira, Pereira Barreto e Andradina, apresentam demora na entrega dos resultados de seus pacientes considerados casos suspeitos e as administrações até chegaram cogitar a compra de exames de laboratórios particulares, mas até o momento nenhuma delas fez a aquisição.



Embora o governo do Estado tenha cadastrado, através do Adolfo Lutz, outros laboratórios para realizar a análise, estes locais são da rede privada e as prefeituras teriam que contratar os serviços para encomendar um número específico de resultados de exames e, ao menos até o momento, os prefeitos consideraram não ser necessária a atitude.

O Fatos Regionais entrou em contato com alguns laboratórios e verificou que o preço para um exame do novo coronavírus varia em decorrência da quantidade de encomendas. A Prefeitura de Araçatuba, por exemplo, comprou 380 exames e pagou R$ 87 mil, o que significa uma média de R$ 227 para cada um deles.

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Cidades como Pereira Barreto e Ilha Solteira não precisariam deste número de exames. A reportagem consultou o médico Carlos Júnior, da rede pública de Saúde do estado de Minas Gerais e ele explicou que um município deste porte poderia adquirir em torno de 80 exames.

Um laboratório que pediu para não ter sua marca revelada, aceitou passar os valores que seriam cobrados em contratação deste porte e informou que tanto Pereira Barreto quanto Ilha Solteira investiriam em torno de R$ 30 mil para encomendar 80 exames e os resultados demorariam seis dias, sem a necessidade de contra-prova, já que ele é credenciado pelo Ministério da Saúde.

No caso de Andradina, o médico Carlos Júnior afirmou que o ideal seria aproximadamente 250 exames, pelo porte da cidade, sempre pensando no caso de não haver propagação rápida do número de casos. Neste cenário, o laboratório afirmou que o município pagaria R$ 75 mil.

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Nos três casos não haveria a necessidade de licitação, já que os valores estão abaixo do que exige a legislação, o que permitiria a compra direta e a agilidade na aquisição dos exames. A reportagem apurou que a compra foi cogitada em conversas internas das três Administrações, mas não chegou a avançar em nenhuma delas.

Vale lembrar que Pereira Barreto conta com 7 casos suspeitos ativos do novo coronavírus, após ter uma morte suspeita e um caso descartado. Desses, quatro já foram liberados pelos médicos porque cumpriram o período de isolamento. Em Andradina são 53 os casos suspeitos, enquanto Ilha Solteira já está com 11.
Por que as prefeituras da região não compram exames do coronavírus de laboratórios particulares Por que as prefeituras da região não compram exames do coronavírus de laboratórios particulares Reviewed by Portal Fatos Regionais on abril 08, 2020 Rating: 5

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